Técnicas e Fazeres / Mármore
A porosidade de muitas pedras permite o acúmulo de partículas, o que acaba modificando a textura e a cor da pedra. Mármores são pedras bastante porosas, já que têm sua origem a partir de sedimentos. O mármore travertino, em especial, é ainda mais poroso, pois é formado a partir de depósitos de carbonato de cálcio que se solidificam e formam a rocha. Sua cor varia do bege ao amarelo amarronzado.
O mármore travertino foi utilizado no revestimento de paredes e
molduras de janelas do Jockey Club.
O mármore travertino é conhecido desde a Antiguidade clássica, quando foi utilizado no Coliseu de Roma e nas colunas da Praça de S. Pedro, no Vaticano. Suas qualidades advêm de sua durabilidade e facilidade de trabalho, bem como de sua beleza.
Na Roma antiga, a pedra era oriunda das pedreiras da antiga cidade de Tibur, atual Tívoli, cidade vizinha a Roma. Por conta de sua origem, era chamada “lapis tiburtinus”, literalmente “pedra de Tívoli”. Além das minas italianas, encontram-se jazidas de travertino na Turquia e na América do Sul, inclusive no Brasil, ao norte da região da Chapada Diamantina (BA), de onde sai o mármore conhecido como bege-bahia.
Colunas de mármore travertino. Praça de S. Pedro, Roma.
Tratamento
Um processo de eliminação dessas partículas entranhadas nos poros consiste na aplicação de um jato de água quente à alta pressão. Em casos mais extremos, pode ser aplicada escovação e até jatos de areia ou injeção de solventes químicos nos poros para dissolução das camadas de partículas acumuladas.
No caso do passadiço do Jockey Club, o primeiro processo resolveu grande parte do problema e devolveu a cor e o brilho do travertino original.
Como forma de evitar novo acúmulo de partículas, pode-se proceder a injeção de resinas sintéticas nos poros, o que formará um filme plástico, impedindo que partículas voltem a se assentar nas pedras.
