A Elysium Sociedade Cultural, há seis anos, dedica-se ao projeto de restauro do Jockey Club de São Paulo, um dos mais icônicos patrimônios históricos de São Paulo. Com uma abordagem que valoriza a autenticidade e a preservação do patrimônio cultural, a organização se compromete a devolver à cidade um símbolo de sua identidade arquitetônica e social.

Jessica Marques, arquiteta da Elysium que está à frente do projeto, explica que os valores da equipe de restauro ultrapassam a simples conservação física dos edifícios. “Para a Elysium, restaurar o Jockey Club significa respeitar profundamente sua história e manter a integridade cultural do espaço. Cada detalhe é preservado com cuidado, garantindo que o restauro respeite os elementos originais, reforçando a importância do Jockey Club para o patrimônio cultural de São Paulo”, afirma.

A arquiteta destaca que o restauro do Jockey Club de São Paulo enfrenta constantes desafios para equilibrar a preservação histórica com as necessidades contemporâneas de segurança, acessibilidade e funcionalidade. “Um dos grandes obstáculos que enfrentamos é a adaptação das técnicas de conservação aos materiais antigos. Muitos desses materiais e técnicas de construção já não são comuns e exigem conhecimentos específicos que muitas vezes precisam ser reaprendidos”.

Para enfrentar esses desafios, uma das iniciativas da Elysium é oferecer o Curso de Conservação e Restauro, realizado no Ateliê de Arte e Ofícios do Jockey Club, onde futuros profissionais aprendem marcenaria, recuperação de metais e outras práticas de conservação. “Essa formação é vital para manter viva a arte da restauração e garantir que o projeto de restauro do Jockey Club tenha continuidade”, pontua Jessica, que também é coordenadora do curso.

Jessica falou da satisfação profissional que atuar no restauro do Jockey trouxe para ela. “Um dos projetos que mais marcou minha trajetória foi a restauração do emblemático Salão Nobre do Jockey Club. Este espaço, rico em história e detalhes arquitetônicos, representou uma jornada muito importante”. A arquiteta destacou que ao final da obra, o Salão Nobre recuperou sua sofisticação original.

A profissional também falou da riqueza de conhecimentos e técnicas tradicionais  que a atuação no campo de preservação do patrimônio histórico oportuniza. Para ela, o profissional que opta atuar nessa área precisa ter uma compreensão profunda da história e do contexto cultural dos edifícios com os quais você está trabalhando. “Também é preciso  paciência e perseverança, afinal de contas, os projetos de preservação são frequentemente prolongados e complexos. Entretanto, a recompensa que aguarda, em termos de contribuição para a história e para a cultura, é absolutamente inestimável”, afirma.

 

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